30.11.10

Minha solidão


É povoada por multidões enfurecidas
Milhões de rostos em minha cabeça aprisionados

Meu silêncio
É sufocado por uma grossa camada de medonhos ruídos
Que não me permite ouvi-lo

Meu escuro
É violentado por um sem número de holofotes
Para o meu rosto apontados

Minha tristeza
É travestida de alegria
Por um fino casaco

Tenho pés amarrados
Língua cortada
Mãos decepadas

Arrasto-me pela lama sem orientação ou sentido
Preciso furar meus olhos
Encontrar um abismo

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