11.1.11

A cada manhã


É maior o branco da minha barba
Repito a mesma cena
Meus pés quase já não tocam o chão

Carrego menos coisas nos bolsos
Dispenso lastros
Há cada vez mais espaço em meu armário

Os dias
Clareiam e escurecem
Como tem que ser

Opto por não mais partir
Todas as ruas terminam em becos
Não há para onde ir

Nenhum lugar é diferente
Deste
Lugar nenhum

Nenhum comentário: