7.8.13

Hoje me sinto



Tão feliz como uma hiena faminta
Que atraída pelo aroma da carniça
Anda quilômetros na escaldante savana

Tão seguro como uma lebre atrevida
Que rouba a cenoura no escuro
Cuidando que não a peguem no pulo

Tão saciado como um cão sarnento
Que busca comida nas lixeiras imundas
E se vê recompensado com restos azedos

Tão confortável como um pinguim desorientado
Que seguindo cardumes se vê em águas quentes
Não entende aonde está e se terá como retornar

Tão de bem com a vida como uma raposa em fuga
Que no bosque ouvindo o som das cornetas e da matilha
Tem seu destino revelado de forma súbita

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