13.8.13

Quem se opõe ao amor



Já entra na arena derrotado

A ele não se consegue alvejar
Não pode ser cortado
Seus gritos não há como calar
Não sangra ao ser transpassado

Não se deixa imobilizar
Seus dentes são mais que afiados
É assustadora a força do seu olhar
Faz abalar a coragem dos mais ousados

Amor não se compra
Não se rouba
Não se troca
Como a uma armadura rota

Quem ama sucumbe a um poder maior
E não importa a condição
Acaba por se render
À força do coração

Nele se afoga
Dele se lambuza
E mesmo resistindo com bravura
Sempre perde a luta

Até que por fim (sem fôlego)
Satisfeito e saciado
Cumprimenta e agradece ao adversário
Antes de retirar-se do cercado

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