3.4.14

Só hoje compreendo



Por que interpretas minhas palavras
A partir da tua mágoa
Procurando motivos para me hostilizar

Por agires assim não posso te culpar
Pois a tristeza que a insegurança te causa
Pode parecer que nunca vai terminar

É justificável tanta rebeldia
Não há quem possa aguentar no dia a dia
Alguém tão lábil e nem ao menos reclamar

Admito como sina minhas idas e vindas
E nos caminhos que ainda precisarei trilhar
De inúmeros espinhos não conseguirei escapar

Talvez o tempo que eu precise seja excessivo
Mas um dia, sangramentos e lágrimas hão de parar
E o unguento do juízo a tudo fará cicatrizar

Mas por agora só não posso aceitar
A ideia de ter sido truculento e insensível
E teus sentimentos não tenha conseguido enxergar

Pois não se pode culpar alguém
Que à luz do pouco conhecido só quis ajudar
Para que o outro ficasse bem e pudesse se cuidar

E por fim, gostaria de outra vez ressaltar
Que se um dia precisares deste teu velho amigo
Não te atenhas a fatos tão pequeninos e voltes a me procurar

Nenhum comentário: