28.11.14

Me acordas na madrugada



Galopante e furiosa
Sem respeitar ambiente
Nem pedir licença

Arrogante e truculenta
Arrombando portas
Vociferando e proibindo censuras

Te expressas já pronta
E sem ter como reagir
Obedeço pegando papel e caneta

Tentando cumprir com a exigência
E fielmente registrar-te
Antes que te esqueça

Não se negocia com a poesia
Quando se apresenta como verdade suprema
Uma cruel e efêmera epifania

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