22.5.15

Quando estás ausente



Uma gélida planície se abre na tua medade de cama
E se estende e se estende
Até até atingir os pontos mais remotos do continente

Um deserto destituído de vida
Em que meus inúmeros braços sobram carentes
Não encontrando algo que os contenham ou contente

E quando na madrugada a temperatura desaba
O sono desobediente me ignora
Pilhas de cobertores não são suficientes

Maldita a hora em que te deixei ir embora
Não consigo descansar se não tenho como me aninhar
No teu corpo macio e pés sempre tão quentes

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