25.8.16

Altiva criatura


Ainda desfila imponente
No meio da Paulista
Sem reparar em como atrapalha
A rotina apressada dos ciclistas
Sob o sol de meio-dia
Preferindo que nunca chegue
A quarta-feira de cinzas

Olhando pro nada
Embarcada no que alucina
Rosto deformado na maquilagem escorrida
Arrastando os farrapos de sua fantasia
Grunhindo incompreensíveis versos
Do samba enredo de alguma escola querida
Eterna vencedora na avenida

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